terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Enjoado

Ando com um enjoo permanente. Vejo fotos, frases... Ouço coisas, vejo coisas... Pode ser até a tal "dor de cotovelo", mas...
Penso que um dia serei eu a proferir, escrever e posar dessa maneira. Afinal, eu sou um Semi Deus, aprendiz da mais nobre arte. Isso justifica minhas atitudes. Posso ser ateu ou crente fervoroso, posso ser direita ou posso ser esquerda, liberal ou conservador... Posso ser preconceituoso, esnobe, não importa, nada importa, eu posso dizer o que quiser, todos aceitarão e aplaudirão, a sociedade me quis e nos tornou assim...
Acho que meu enjoo não se resolve com antiácidos ou bloqueadores do quer que seja... Temo que esse enjoo perdure até minha derradeira hora. Temo que serei sempre um patinho feio, ou uma ovelha negra.
Sinceramente?
Prefiro assim, engulo sapos e vomito verdades (MINHAS crenças e opiniões).

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O roçar do lençol no meu ouvido anuncia o fim do sono. Surgem as buzinas, os motores em rotação máxima, os pneus roçando o asfalto e gritando, o ar se deslocando à medida que passam os apressados PAULISTAS em direção às suas casas, trabalhos ou sei lá onde vão os PAULISTAS à essa hora da manhã! Com muito esforço, abro os olhos e vejo o edredom amarrotado em frente ao meu rosto, viro, me arrasto, empurro o colchão com as mãos e num instante estou sentado. Tonteio, balanço a cabeça, olho, tento fixar o olhar mas o sono voltou. Brigo comigo mesmo e me levanto. Esse barulho me atormentando a cabeça. Vou ao banheiro, o barulho diminui a cada passo que dou em sua direção. Chego, abro a porta, acendo a luz, entro, fecho a porta, levanto os braços, me espreguiço e quase caio. Mecanicamente, quase como um robô, abro a torneira, molho as mãos, encho de água e jogo no rosto numa tentativa em vão de acordar! Escovo os dentes, sorrio no espelho, fecho a torneira, tiro a roupa (se tiver vestido), abro a porta do box e sinto o piso frio sob meus pés. Abro a torneira do chuveiro e aquela festa de água cai. Banho é bom! Lavo ali, aqui, acolá. Fecho a torneira e saio. Toalha, seco! Volto ao quarto, o barulho aumentou, a luz aumentou, o dia está começando! Escolho uma roupa, visto e vou prá cozinha! Ponho água na chaleira e começo a procurar o pó de café. A chaleira apita, o pó já está no filtro, ponho a agua lentamente e fico observando o café se misturando, sobe o cheiro, perfeito, cheiro de café da manhã! Açúcar na xícara, café, mexo, bebo lendo o jornal, ou assistindo qualquer coisa na televisão. Pego minhas chaves, abro a porta de casa, chamo o elevador. Desço, caminho até o carro, abro, entro, ligo, engato a ré, saio da vaga, e subo a rampa. Abro o portão e vejo a cidade à minha frente. Devagar, vou saindo com o carro, pego a avenida, acelero, meus pneus começam a roçar o asfalto e prá onde vou? Eu sou PAULISTA, não importa onde eu vá, Eu sou PAULISTA! Ainda não acordei, no meio do caminho descubro prá onde vou!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Cicatrizes

No meu pé, uma cicatriz

Outra em minha mão

Minhas tatuagens, são como cicatrizes

Marcam um fato, acontecimento


Um cinzeiro

Um muro com cacos

Agulhas desenhando marcos

Tudo deixa uma marca


E as coisas da vida

Amores, dores, sabores, flores

Deixam no meu coração

Inúmeras cicatrizes


Não há como escondê-las

Não consigo

Continuo vivendo, a cada momento

As sensações que um dia elas causaram





Parasitando

carregando............carregando..........carregando
carregando............carregando..........carregando
carregando............carregando..........carregando
carregando............carregando..........carregando
carregando............carregando..........carregando
carregando............carrapato.............carregando
carregando............carregando..........carregando
carregando............carregando..........carregando
carregando............carregando..........carregando
carregando............carregando..........carregando
carregando............carregando..........carregando